Trabalhando as Tecnologias na Escola.
A formação de educadores para a incorporação da TIC - tecnologia de informação e comunicação à prática pedagógica parte dos mesmos pressupostos da formação para a mudança integrados à apropriação e utilização pedagógica da TIC, de modo que o formando tenha condições de desenvolver crítica e reflexivamente um estilo próprio de atuar com a tecnologia.
A formação contextualizada de educadores para o uso da tecnologia de informação e comunicação ocorre integrada com o tempo e espaço da instituição educacional e origina-se na e da prática do profissional. Porém, isso não significa realizar-se fisicamente na instituição educacional. A formação concretiza-se na imersão de formandos e formadores na realidade da instituição. As necessidades da formação emergem do contexto educacional no qual se busca desenvolver uma cultura que permita ao educador tornar-se um agente de mudança de sua própria atuação e de seu contexto.
A formação continuada para a incorporação da tecnologia de informação e comunicação na escola prepara os formandos em conhecimentos teórico-educacionais, conhecimentos e habilidades no domínio da tecnologia e atitudes que favoreçam o desenvolvimento da prática reflexiva, da capacidade crítica, da compreensão de que cada indivíduo produz conhecimento, bem como a valorização do ser humano em sua multidimensionalidade (cognitiva, afetiva, histórico-social e ecológica) e a compreensão de que todos podem se tornar agentes de mudança.
Nas atividades de formação de educadores, esses se colocam na situação de aprendizes mergulhados em ambientes de aprendizagem informatizados. A tecnologia é utilizada para promover a interação entre todos os participantes (formandos e formadores), propiciar o desenvolvimento da autonomia no uso da tecnologia e na busca de informações, bem como a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber, para a compreensão, representação e resolução de um problema contextual ou para o desenvolvimento de um projeto. Ao mesmo tempo, analisam as atividades desenvolvidas, o papel assumido pela tecnologia em uso, pelo mediador da atividade e pelo aprendiz.
O educador é convidado a recontextualizar as atividades experienciadas em sua formação, para sua prática profissional. O professor recontextualiza a vivência da formação para sua atuação em sala de aula, usando o computador com seus alunos. Essas práticas recontextualizadas são apresentadas ao grupo em formação, cuja reflexão propicia a busca de teorias para melhor compreendê-las e reconstruí-las. Desta forma, a teoria ilumina a compreensão e reelaboração da prática, assim como a prática refletida conduz à reconstrução da teoria.
Quando a tecnologia começa a adentrar os espaços educacionais há um momento em que seu uso apresenta-se como prática de um pequeno grupo de educadores e alunos. Esses autores de primeira mão vão gradativamente conquistando outros parceiros, até que exista um contingente de profissionais e de alunos trabalhando, o que induz a inserir tais práticas como uma das atividades inovadoras contempladas no projeto político-pedagógico da instituição e assumidas pela coletividade.
Portanto, a formação de educadores na ação é contextualizada nas experiências, conhecimentos e práticas do formando, que tem a oportunidade de inserir a tecnologia em sua prática, rever e reelaborar a sua prática, colocando-a como foco da própria formação. Os formadores são parceiros dos educadores com os quais compartilham práticas e reflexões. Trata-se de uma formação que se desenvolve na transversalidade do currículo; inter-relaciona formação-ação, ação-reflexão, realidade-conteúdo, homem-máquina, arte-tecnologia, teoria-prática.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário